sábado, 20 de setembro de 2014

ARTIGO: A INDE COMO FERRAMENTA AUXILIAR PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA


Apresentador: Marcos Rafael Tavares.
Orientadora: Profª. Drª. Gilda Maria Cabral Benaduce.
Co-autores: Talitha Tomazetti;
Zuleide Fruet;
Área do Sub-projeto: Sub-projeto Geografia PIBID – Geografia – UFSM – CAPES
Curso de Geografia – Universidade Federal de Santa Maria
INTRODUÇÃO
As tecnologias vêm evoluindo e interferindo no modo de vida das pessoas, ganhando valorização e aceitação significativa. Seguindo a evolução da informática e da internet as geotecnologias nos dão um aporte para os mais diversos fins, um deles é a sua utilização em sala de aula como Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) com o intuito de beneficiar o aprendizado, pois os softwares e a internet conseguem atrair a atenção dos educandos. Nesta totalidade, a escola enquanto instituição responsável pela formação de cidadãos deve buscar espaço frente às tecnologias atuais que circundam o cotidiano dos educandos.
No processo de ensino e aprendizagem da Geografia é preciso levar em consideração o que desperta prazer e curiosidade no educando surgindo assim à necessidade de utilizar diferentes meios que possibilitem a construção e a busca de novos conhecimentos. É importante que as escolas adotem as propostas das TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação), possibilitando o incremento do advento do avanço tecnológico com o ambiente escolar de aprendizagem favorecendo a representação de novas ideias e construção do conhecimento, troca de informações, experiências, aprendizagem significativa e prazerosa.
Com essa perspectiva surge uma ferramenta que contribui muito aos educadores de geografia neste processo de ensino que é o Visualizador da INDE, sendo está ferramenta utilizada pelo grupo PIBID Geografia da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) no segundo ano do Ensino Médio na escola Prado Veppo localizada na região Sul de Santa Maria - RS.
O Visualizador da INDE é a forma com que usuário pode dispor dos dados e informações armazenados no banco de dados da INDE, onde vários órgãos governamentais fazem parte do programa, cada órgão na sua especialidade fazendo com que o Visualizador da INDE se torne uma ferramenta altamente capaz de criar um ambiente de ensino e aprendizagem em sala de aula, pois apresenta inúmeras informações e dados referentes ao nosso país de forma dinâmica e intuitiva.
            REFERENCIAL TEÓRICO
As tecnologias sempre influenciaram o homem, BITTENCOURT (1998) afirma que as tecnologias sempre tiveram papel fundamental para a sociedade, interando o homem e a natureza, o homem e sua cultura. PAULI (2012) diz que as tecnologias já fazem parte da vida da população de uma maneira significativa e cada vez mais inserida nas escolas, tornando fundamental a inserção dos estudantes nas novas tecnologias de comunicação.
Portanto não podemos fugir da idéia que a tecnologia nos influência e também pode nos trazer vários benefícios, um deles é na parte educacional sendo chamada de Tecnologia da Informação e Comunicação, as TIC são parte das profundas alterações que a sociedade vem passando em ritmo acelerado condicionado por inúmeros fatores, entre eles os avanços tecnológicos (BAIOCCHI, 2009), através das TIC o professor terá uma forma de romper com a linearidade na transmissão do conhecimento.
Conforme PANSERI (2009) existem na Internet tecnologias que ajudam criar ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem, como é o caso do Visualizador da INDE, nele podemos verificar vários fenômenos ocorrentes na superfície terrestre em um ramo chamado Geoprocessamento, envolvendo as tecnologias SIG, sendo que o geoprocessamento que um conjunto de técnicas de informáticas e matemáticas que trabalham com informação geográfica e SIGs são programas capazes de realizarem essas tarefas.
O Visualizador da INDE faz parte da INDE (Infra Estrutura Nacional de Dados Espaciais) e tem como objetivo promover o adequado ordenamento na geração, armazenamento, acesso, compartilhamento, disseminação e uso dos dados geoespaciais e originar a utilização, na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos públicos das esferas federal, estadual, distrital e municipal, dos padrões e normas homologados pela CONCAR (Comissão Nacional de Cartografia).
A INDE é composta por uma rede de servidores integrados à internet chamado Diretório Brasileiro de Dados Geoespaciais (DBDG), este é capaz de reunir eletronicamente produtores, gestores e usuários de dados geoespaciais visando à integração entre sistemas de diferentes instituições, com vistas ao armazenamento, compartilhamento e acesso a esses dados e aos serviços relacionados e também a criação do portal que disponibilizará os recursos do DBDG para publicação ou consulta sobre a existência de dados geoespaciais, bem como para o acesso aos serviços relacionados denominado Sistema de Informações Geográficas do Brasil - SIG Brasil, sendo através deste o acesso ao Portal Brasileiro de Dados Geoespaciais.
Para que houvesse uma padronização entre os diversos sistemas foram seguidas as normas da CONCAR (Comissão Nacional de Cartografia) e do e-PING (Programa de Interoperabilidade do Governo Eletrônico).
 O e-PING define um conjunto de padrões abertos que devem ser utilizados, baseados principalmente nas definições do OGC (Open Geospatial Consortium) como a adoção preferencial de padrões abertos, O OGC no qual é baseado o e-PING compreende um consorcio entre companhias, agências governamentais e universidades com a finalidade de promover desenvolvimento de tecnologias que facilitem a comunicação entre diferentes sistemas que trabalhem com informação e  localização espacial. Todos esses padrões e especificações juntamente com o DBDG culminaram no Visualizador da INDE, através dele é possível selecionar, através da interface do visualizador, servidores de mapas predefinidos no banco de dados. A ferramenta possibilita a composição e sobreposição de camadas nos mapas e a execução de diferentes funções, por exemplo, funções de visualização e navegação, consultas básicas, medição de distâncias e superfícies além do download dos dados e informações.
Conforme o site da INDE a ferramenta congrega vários órgãos governamentais como Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, Serviço Geológico do Brasil - CPRM, Diretoria de Hidrografia e Navegação – DHN, Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT, Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro – DSG, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Instituto de Cartografia Aeronáutica – ICA, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, Ministério das Cidades, Ministério da Fazenda, Ministério do Meio Ambiente – MMA.
METODOLOGIA
Já na escola, computadores ligados e conectados a Internet e alunos presentes foi o momento de uma breve introdução do que é a INDE, após este passo foi o hora de conduzir os alunos para que conectassem as maquinas que estavam usando na internet para acessar o Visualizador da INDE, em um buscador os alunos digitaram Visualizador da INDE, após a busca clicou-se no primeiro link da busca e todos os alunos acessaram o Visualizador.
Na tela inicial foram explicados aos alunos os elementos que compõem o visualizador, como o menu camadas, no qual é composto por cinco guias: Busca, Tema, Instituição, Selecionados, Legenda.
Na guia “busca” é possível fazer uma busca de forma rápida ao banco de dados da INDE, na guia Tema o Visualizador da INDE apresenta cerca de 30 temas (Mapeamento Básico Terrestre, Vegetação, Socioeconômica, Transportes, Hidrografia, entre outros) sendo que cada tema destes pode apresenta subtemas como, por exemplo, o tema Mapeamento Básico Terrestre tem o subtema Bases Topográficas Continuas na qual contem as opções a serem marcadas para compor o mapa principal.
Já na guia “Instituição” contem o link de cinco instituições como IBGE, MP, ANA, MDA, MDS, além da camada base que pode ser alterada em quatro opções: Google Satelite, Google Physycal, Google Street, OSM. No link das instituições governamentais como, por exemplo, IBGE apresenta subtemas referente a dados populacionais do Brasil. Na guia “Selecionado” apresenta os temas que estão selecionados e compostos no mapa principal e na guia “Legenda” apresenta a legenda dos dados marcados e visualizados no mapa principal. No mapa principal também contem escala, coordenadas do mouse, além de uma escala de redução. Também existe um palheta de ferramentas como zoom mais, zoom menos, deslocamento no mapa, desenhos de pontos, segmentos e polígonos, além de informações de distancias, áreas e informações sobre a camada. Após isso solicitou que os alunos acessassem a guia TEMA – Socioeconômica - Economia e Finanças – Indicadores Sociais e marcassem o tema que num primeiro momento foi sobre população que era o tema que a professora estava trabalhando com eles, com o termino do estudo da população deixamos um espaço livre para que eles mexessem no programa, então nesse momento eles pesquisaram sobre localização da escola, mapas, vegetação, hidrografia, enfim ficaram bem à vontade e curiosos com a quantidade de informações que o programa propõe.
            RESULTADOS E DISCUSSÔES
Os resultados alcançados com o Visualizador da INDE são positivos porque através da Internet os alunos puderam consultar informações e compor mapas, também puderam localizar sua casa e a escola, exercitando habilidades de localização e leitura de mapas e legendas. Notamos que através desta atividade conseguimos prover um ambiente de aprendizagem, onde que os alunos sentiram se a vontade para questionar e assim desenvolver a aprendizagem.
            CONCLUSÃO
Dessa forma possibilitando acesso rápido e fácil para os diferentes usuários, entre eles os Profissionais da Educação o visualizador da INDE é importante pois congregam dados e informações geográficas de diversas instituições em seu banco de dados possibilitando ao professor varias opções em um só lugar. O Visualizador é dinâmico, de fácil acesso e manuseio, o que chama a atenção dos alunos.
Sendo assim o visualizador INDE utilizado como recurso didático propício aos alunos uma compreensão do conteúdo estudado e possibilitou uma aula diferente com a utilização das geotecnologias, o que deixou os alunos bastante curiosos e interessados a trabalhar no programa, sendo que através dos relatos dos mesmos eles aprendem de uma maneira mais completa visualizando, manuseando e pesquisando.
É necessário que nós educadores, persistamos e nos atualizamos de conhecimentos para a ampla utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis nos dias atuais, criando formas de uso dessas tecnologias que aguce no educando o interesse pela pesquisa dentro e fora da escola, desenvolvendo no educando, as capacidades de interpretação, síntese e criticidade, uma vez que, a escola é o espaço adequado para ensinar como utilizar as tecnologias para a construção do conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAIOCCHI, Dileuza Niebielski. A integração das tics na formação docente. 2009. Disponível em: <<http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1140>>. Acesso em: 03/12/2012.

BRASIL. Decreto n°6.666, de 27 de Novembro de 2008. Institui, no âmbito do Poder Executivo federal, a Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 de Novembro de 2008. Disponível em: <<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20072010/2008/Decreto/D6666.htm>>. Acesso em: 01 jun.2013.

BITTENCOURT, Jane. Informática na educação? Algumas Considerações a Partir de um Exemplo. São Paulo. 1998. Disponível em:<<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010225551998000100003&script=sci_arttext&tlng=es>>. Acessado em: 12/dez./2012

PANSERI, Arminda Amarante Cruz. Uso da Tic na Educação. Disponível em: <<http://www.webartigos.com/artigos/uso-da-tic-na-educacao>>. Acesso em 18 mai. 2013.

PAULI, Willian Marques. O ensino de geografia e as novas possibilidades Pedagógicas construídas a partir da utilização de Ambientes virtuais de aprendizagem. Florianópolis. 2012. Disponível em: <<http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/13_02_2012_11.02.30.d9396cc881a48692a75e2432f821a959.pdf>>. Acesso em: 02/ dez./2012.

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